A hora da decisão...

Feliz daquele que adentrar a porta estreita. Feliz você, amigo, que busca o Reino dos Céus. Assim posso dizer, porque encontrei a porta, adentrei e caminho na busca da salvação. Não digo que é fácil ser uma verdadeira cristã, porém do que adiantaria vivermos sempre na paz, se o próprio Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, afirmou que Ele próprio não veio para trazer paz e sim a espada? Mas isso não quer dizer que Deus não nos enche com Tua infinita graça, pelo contrário, ao ouvir o clamor que brota de nossos corações nosso Deus nos inunda com Teu Espírito Santo, e isso é prova viva do seu amor por nós.

Minha vida, não diferente a de muitos irmãos, tem suas turbulências.  Junto a elas creio que Deus coloca os seus propósitos para que eu possa enxergar e ter forças para edificar a minha fé por meio da persistência. Nomeio-me como recém-convertida, recém chegada na presença do bom Deus, e essa conversão ou escolha - como queiram avaliar - passou e passa por grandes dificuldades. Sou a única crente de uma família católica que não aceita a minha escolha. Esse é meu grande fardo, o qual levo comigo onde quer que esteja. No início foi algo desgastante ver como a tristeza brotava na face de meus pais ao falar que era crente, e que havia reconhecido meu verdadeiro lugar. Meu coração se apertava a cada vez que surgia uma discussão ou minha mãe trazia alguém de sua igreja pra conversar comigo, me tentar convencer a não me converter. Mas conversar o que? Mostrar o que, gente? Não estava passando por problemas psicológicos, muito menos não sabendo o que havia escolhido! Me converti perante nosso Senhor, Ele fez a escolha pra minha vida, não fui eu. Ele que é dono do tempo e dos propósitos, apenas como sua serva tive a graça de ouvi-Lo e me entreguei em corpo e espírito em Tuas mãos.

 Nunca havia me sentido tão próxima a Deus. Durante a noite entrando a madrugada meu choro era incessante, mas ao nascer do Sol eu ouvia aquela voz: Força minha filha, eu não desisto de você, eu estou com você, não há o que temer. Como não se confortar? Como não sorrir? Como não o louvar e adorar?

Passavam-se os dias e as turbulências aumentavam, mas a fé não ficava atrás, meus amigos me aconselhavam, emprestavam seus ouvidos para longas conversas e ensinamentos. Cresci, amigos, cresci em Cristo, não temia dobrar os joelhos e orar, clamar pela paz que tanto almejava em minha vida. Assim também agradecia, pois sabia o quão grande esperava por mim, sabia o quão maravilhoso era ser julgado pelo Nome do Senhor, pois grande era o Reino dos Céus.

Ano de 2010 recebo a notícia que havia passado no vestibular da UFCG para o curso de Direito. Deus já havia me dito isso. A todos já dizia que iria passar, até aos meus pais. Sabia também que algo muito bom estava reservado para mim, algo que iria me fortalecer na palavra do Senhor, algo que iria me dizer que as promessas de Deus nunca falham. Hoje, ainda enfrento alguns ressentimentos de meus pais, mas melhorou bastante e tenho certeza que em nome de Jesus, irá melhorar! Freqüento a Primeira Igreja Batista de Sousa, onde encontrei refúgio e um povo abençoado. Ergo minhas mãos para os céus e agradeço Aquele que nos deu a vida e é tutor das realizações em minha.

Obrigada Paizinho, obrigada Senhor!

Amém?

Luana Ohana